Sunday, June 28, 2009


Mesmo que os cantores sejam falsos como eu
Serão bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo miseráveis os poetas
Os seus versos serão bons
Mesmo porque as notas eram surdas
Quando um deus sonso e ladrão
Fez das tripas a primeira lira
Que animou todos os sons
E daí nasceram as baladas
E os arroubos de bandidos como eu

Cantando assim:
Você nasceu para mim
Você nasceu para mim

Mesmo que você feche os ouvidos
E as janelas do vestido
Minha musa vai cair em tentação
Mesmo porque estou falando grego
Com sua imaginação
Mesmo que você fuja de mim
Por labirintos e alçapões
Saiba que os poetas como os cegos
Podem ver na escuridão
E eis que, menos sábios do que antes
Os seus lábios ofegantes
Hão de se entregar assim:
Me leve até o fim
Me leve até o fim

Mesmo que os romances sejam falsos como o nosso
São bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo sendo errados os amantes
Seus amores serão bons

O amor de quem procura

Começa quando duas inseguranças se atraem. Se julgam seguras e resolvem dar uma “chance” ao coração. Ao lado dela, eu fico mais bonito. Ao lado da outra era um feio inseguro. Ao lado da outra, era pequeno e poeta. Ao lado dela sou homem pronto para tirar as calças.
E ela também sabe. Ao lado dele, sou até que bonita. Ele é inteligente e me mostrou coisas lindas. Nós dois somos paga paus de alcoólatras e passamos horas bebendo. Mas o que ele não sabe é que eu nunca tinha feito isso antes, então vomitei no banheiro e fingi estar tudo bem. Enquanto que ele, tolado de razões imbecis, pensa; desta vez eu vou sair da seca. Vamos nos comer e a segurança desse relacionamento é para mim a paixão necessária. Sou agora eu ex poeta de frases burras e rimas fracas, mas tenho um pseudo amor. Ela é meio burrinha, mas eu a como sempre. (a cada quinze dias). Ela pensa que eu sei de tudo, mas nem discutir política, eu ando sabendo. Digo sempre que sou de esquerda, repito frases de um velho amigo e ela me olha apaixonada.
Ele pensa que eu sou bonita. Acho que encontrei o homem da minha vida. Ele é meu pop star, chegou meu momento de desfilar minha bunda gorda entre as pessoas conhecidas ao lado de meu novo homem. E sei que, essa pose, é minha mais nova paixão. Somos tímidos, mas temos cerveja. Ele é nostálgico e mesmo ao meu lado, nem se quer é feliz. E eu acho isso lindo, pois no fundo eu continuo me achando feia e inútil, mas vivemos de compreender. Compreender como se fecha os buraquinhos da realidade.
Ele goza rápido. Ela nunca goza. São o casal perfeito.
Viveram felizes para sempre. Mas toda vez que ela vê sua eterna paixão passar por ela, gotas são suspensas de caírem, ela obriga aos olho; não me sacaneiem, seus filhos da puta!. E toda vez que ele a vê, ela, seu maior fracasso, vira um copo e por meio segundo lembra da cena dela se insinuando para aquele seu amigo.
Acreditem, eles são felizes. Que delícia é o amor.

Friday, June 26, 2009

Pessoas com mania de grandeza. Grandeza que eram seus passo loucos pisados fortes e se repetiam. Então, então, então. Fui eu. Outra vez de novo aqui. Veja bem, como vai um coração. Um belo dia vou te abraçar direitinho e lhe dizer; obrigada a você.
Que se foda se o amor foi de guerra ou de paz. Eu ouvia Gudim loucamente e me perguntava olhando prum cigarro acesso; qual seria o problema do compositor? De certo não é o mesmo de um instrumentista que compõe também. E divagando com um azedo gosto de guarda-chuva, entre uma golada e outra vendo o dia amanhecer, me pediu que assim fosse. Como se Isabel não fosse ia.
Me disse isso:

Respectro mais que coraziones, amargulas de outrem foges amargas minha. Diluviei e encantos doces subiram pedacinhos de outrora fosca, era boa, boa, nata. Despectrus, antigus. frouxas asas dadas aos montes e contidas e seguidas, esguias. Pulilavam, prectus, constantes. E a alma avante, voava em presas modestas cordinhas arrebento. Eu três produções travas. Ávidas. Múltiplas, caras e trovas, fracas. Eram pelinhos da coxa em murmúrios doidos e pedaços de cobras que me aceitavam. Coma um pouquinho minha frô. Já vai anoitecer na cidade mágoa. Outro dia você volta aqui, ta bom? Escurece trovoada, meu coração gira e pulula e salta e me avisa. Vai cair tempestade. Eu já sabia, coração. Eu já sabia.


Dou um abraço no rio de janeiro, pergunto se ele quer namorar comigo. Ele me acaricia, me julgo perto, deito ao peito; obrigada por tudo, enlaço os braços,olhinhos pra cima. E sigo em sono, dando continuação aos meus reboem-delírios que nunca me abandonaram, desde assim, menina. Quando eu no fundo já sabia, se Isabel, não se fosse, se ia.

Tuesday, June 16, 2009


oi.
você esta vendo? não sou como você fez. você sabe, olha só. eu sou louca? por que falo essas coisas toscas? me auto saboto?
não, você é autêntica. uma inspiração. valeu por hoje, tá?
tá bom. que bairro é esse? estou longe de casa, presinto. mais ou menos uns quinhetos kilometros. você esta mais, acredite. sabe seu amigo? eu gosto dele. mas não consigo lembrar que música era aquela que ele tocava hoje de manhã. e é estranho porque na hora, fiquei cantando ela mentalmente, enquanto você dormia igual a um urso. e sabe, nem estava tão frio. você trocou as cortinas? mas o sol ainda estava lá, igual da última vez. um dia quero ir lá quando você não estiver. dai eu não escuto você dizer, valeu. eu só fico escutando as borboletas batendo asas juntas e devagar que é aquele instrumento do seu amigo. e ele é tão legal, engraçado. essas coisas que eu sei que você também é, mas não comigo. com medo que eu me apaixone por você. por isso diz valeu. e eu valeria. e eu vali saindo dali feliz por mais uma noite louca, daquelas que eu gosto muito, mas sem me apaixonar por você. afinal você faz tanto esforço. agora sei que tudo isso não é em vão. você é fofo, tem bochechas otemas, que eu mordi gostoso ontem e nosso sexo é muito válido. mas você fala valeu no dia seguinte. e eu prefiro seu amigo tocando piano...
ainda hei de lembrar a música.
você lembraria? não sei. mais, valeu!

Wednesday, June 10, 2009

muito mulher,
muito mesmo.
não tenho seu doce encanto
que mora apenas nas forças de suas palavras
tenho uma azeda presença
com curvas e bebidas
e cabelos e olhos
e bunda e posto
e sabe,
muita presença
pouco para quem não existe
pouco para quem se deleita em machistar
e eu deixo
deixa estar também
não se vingue na poesia
a pobre coitada
seu confessionário
vazio e fraco e fraco
e mais fraco,
pois se vinga no escuro
de alguém que você simplismente
NÃO AGUENTA.

muita mulher,
muito mesmo.
transbordo
exalo
para todos
melhor,
PARA QUEM EU QUISER
não pra você.

Monday, June 08, 2009


vou responder inutilmente
meu comportamento acalanto.
sou a sombra de todas as vontades que não levam além
um pouco de mim se sei,
finjo que não sei

eu me sinto assim.
um pouco do dia um pouco sem fim
e quando a noite chega
que é a hora deu nascer
que quando eu me banho, acordo de um sonho
tenho todo o sonho pra viver
e viver
não é como se entre os arvoredos pudesse eu, estar lá
viver como vivo
é sempre lua cheia
a procura do bandido
que se esconde em meus olhos

vou responder que sou a fumaça
que brinca de dançar
em ambientes proibidos
sou o finzinho da esperança que existe no dedo do viciado
ao apertar mais um botão da maquininha de caça niquel da lavradio

Sunday, June 07, 2009


oris que virus ten olhos dimitruis
e outros que num.
sempre kre qui dimais pezo
um outraras beijurus
e tantrus que sepra e sexrus.
dei-te um beijo, e tupediste clama meu acalento,
calma.
e eu, calmo, meu bem.
calmo

trus olinhus vibrando intro.
e eutrus te-lhe dizendro;
vais e nunca, jamais-leve-me contigo-mo.
e traz
traz de novo sua arma
sua alminha pintada de rosras e eu explodo
em lilás,
anjo.
E o menino com o brilho do sol
Na menina dos olhos
Sorri e estende a mão
Entregando o seu coração
E eu entrego o meu coração
E eu entro na roda
E canto as antigas cantigas
De amigo irmão
As canções de amanhecer
Lumiar e escuridão
E é como se eu despertasse de um sonho
Que não me deixou viver
E a vida explodisse em meu peito
Com as cores que eu não sonhei
E é como se eu descobrisse que a força
Esteve o tempo todo em mim
E é como se então de repente eu chegasse
Ao fundo do fim
De volta ao começo
Ao fundo do fim
De volta ao começo

e essa, você aguenta?
gonza

Wednesday, June 03, 2009

curriculum vitale


Isabel De Barros Crozera
Paulista, solteira, 26 anos.
Primeiro lugar na maratona de Kumon, em 199e tal.
Campeã Paulista de Jiu-Jitsu por W.O, em 1997.
Terceiro lugar no concurso cultural das Lojas Decore&Compre, onde seu prêmio foi 2 fitas cassetes, nunca buscadas.
Repetente da sexta série. Ex-maconheira.
Admiradora de música. De músicos também.
Quase formada em; Artes do Corpo, Filosofia, Direito, Jornalismo e Gastronomia.
Frequentadora da Garcia D´avilla, mesmo não tendo barriga tanquinho. Mesmo não jogando altinha. Assídua de butecos grotescos. Fracos por espumantes. Amantes dos cachorros(os que latem também).
Amiga dos amigos. Não amiga dos ex amores. Portadora da Sindrome do Pânico. Referência de gritaria pelos vizinhos. Mestrado e doutorado em Simpsologia. Atéia que ama São Jorge. Vencida pelo cansaço. Respeitadora ao máximo da preguiça. Amiga do travesseiro. Gosta de fazer as unhas vendo Marcia Goldshimmit. Possível musa do pipoqueiro da Rodrigues Alves. Amante da gastronomia. Frequentadora de túneis nostálgicos dedicados a Vinicios de Morais e Raphael Rabello. Sambista de segunda. Corinthiana de primeira. Adoradora de balanços, redes e tudo que mesmo sentados, nos faz mover. TPM de qualidade. Operada da miúpia. A pessoa que mais Gosta do filme Rumble Fish, o selvagem da motocicleta. Amiga dos garçons. Consumista da loja Farm. Socialista do terceiro escalão. Não teme mais o oceano, mesmo quase tendo morrido afogada em Porto Seguro, quando achou que podia nadar mais de cem metros em alto mar. Atualmente morando no Rio. Nove tattoagens para desespero de sua mãe.Devoradora de livros de poesia. Hipocondríaca, insegura, medrosa com dentinhos separados. A risada mais alta do butiquim. Não se intimida com assuntos intimos e de baixo calão. Gosta do domingo,mesmo quando não tem nada para se fazer na segunda. Animadora de pessoas bêbadas e escritora nas horas compulsivas.

Tuesday, June 02, 2009

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CAMPUCRUS-o embate das alegrias acima-

(prespuctivum e perspetivós a nós nuvens gás e gãns. travectus e chantêlos nos canticus da tela nada frates. anbicrus e módulos e falsos poréns. comprectlus, esplendido. eslovênia. deleite-se todinho, meu poema. afrásio, atrasos. compete arrojado e pranticus, cacto. podia o mundo ter mais cactus. força, malas outrora. aurora e pouca lágrimas brincavam de escorregar no rosto do meu rapaz bolivnus. gráfico. do meu corazon conduso, contundiduncs. feito de presas mórbidas e austeros divinos. dilúvios, epopéia travada na fita cassete desenrolando. canetinha BIC.com. ponto nada.)


escorreguei em seu sangue, percorri veias largas e era eu te endoiecendo. você se apegando a mim. você com esse seu jeito estranho. você é um milhão de mini pedrinhas que o mar levou anos para bater e moer. para bater em mim também.
você é uma espécie quase nula, você me combate,mas eu te contamino. você estrada no meu caminho escorregadiu. choveu ontem. choveu hoje. não há de chover amanhã. hoje eu não posso. hoje o mundo pede normal, isabel. seja normal uma vez ao menos na semana. e então surgem credos. surge você com essas suas assas. surge seu pensamento me enfatizando que eu também as tenho. rasgam minha pele, doí minhas costas, sangra horrores. desisto. até tudo cicatrizar. tive uma idéia. vou me motivar. me dê seu lábio, surgiu o infinito. eu jurei acreditar em mitos. você me deu um abraço louco. eu te aperto o braço. eu contraio a buça. você se sente homem. e depois me diz: para. você não é só mais um. eu também nasci para ser o centro das atenções. vamos roubar a cenas juntos. minhas asas sangram. costas que doem, tudo de novo. mais sangue e pilastras batendo. sua veia, meu corpo abraços e cortes e aperte meu braço. um brinde na boca. você é meu brinde da boca, me tira daqui. faça acontecer agora. dispense afazeres,modéstias, holofotes queimados. nada disso é para nós. roemos o rato, taparemos o buraco do tatu, sai correndo da onça, outro dia você viu eu correndo do leão. ninguém mandou você querer usar a juba dele para seu espetáculo. universal-amador-idêntico. simples. você é simples e entendeu minha piada. minha filha moira, meu filho dario. sua filha no shooping. eu pagando pringles na promoção das lojas americanas. vai ser no rio sul, vai ser no caminho de sua nova casa. não sou uma mulher bomba. você não é o sensual da vez. costure minhas costas; dor aflição, adultério. costure minhas asas para dentro de novo. ou ature-me voando a sua altura.
Correu e até teve paciência de se transformar em passáros. eram doze, de assas largas e bem estranhas cheias de cor que ao longe, todas juntas eram flicts, igual ao livrinho que lera em cima do murinho em sua vila a tantos anos atrás. reafirmou forças, manteve certezas, fez-se posuda, libertária e certo dia cruzou um homem que nada tinha de interessante a não ser o fato de lhe incomodar muito.
bateu assas depois deu beijos sim, porque não? E seguiu de bicicleta por toda a orla, aquela orla. Sem antes passar pelo túnel vida mirales contrastes de vintem.

E o conto começa assim
:

creia-me padre



espectrus autenticus aftas translucidas de um fim de vidis medros e aflictiones astutas de um ser com muitas presas pregos trensos trens de filós iludidas pelas confras e monticnitanias uma nova tecnologia, e muitos pois nada, pois não. sarrafo na fucra no hombre afetivo e militrictun afeto. de minha parte africas. praças e bancas e prédios e balões dando olás aos moradrodres dos krétimus andar da vila. tomacre, ursula, acredito. cheios de ares, mulatas e bandrictuns. faziam poses magras e o mundro explanava x e esses contradições de bancos cheios de drolares e queuros. nós vamos começas quando você me abraca eu penso no planectan todinho só pra meu.

aos 12, aos 26...

a vida só é engraçada para quem já mijou de rir, para quem já gargalhou até doer a barriga, para quem já pensou no seu próprio enterro , para quem já ouviu um bom samba, para quem já foi perseguida por um maluco, para quem já salivou pensando na comida, viu seu time sair da segunda divisão, ficou na praia com medo de yamenjá, foi ao terreiro e virou uma entidade, gritou com com uma amiga, com a mãe, com o irmão. a vida tem mais sentido quando joão nogueira canta espelho e você sabe exatamente do ele fala?
a vida só é engraçada quando você anda pela ponte da saudade e depois ouve gudim. a vida só é engraçada quando existem fases malucas dela que você bebe loucamente e ri da própria desgraça. e desgraça pouca é camaradagem, muita, é bobagem.
-vamos brindar o cansaço-
sente-se comigo, chame uma brahma, ascenda um cigarro, ou não. conte uma piada, fale de política, de futebol, da vida. toque um instrumento, vá ao banheiro. fale de sua comida preferida, de seu filme do coração. de seu livro de cabeceira. fale sua idade, fale a maior merda que você já fez na vida. conte-me de seus pais, fale-me sobre seus cachorros-você há de gostar desses bichinhos-. fale sobre a praia e de quando você era pequeno. me indique um bom poema. seja sarcástico, ironico. se odeie, se ame loucamente. ame raphael rabello, ame o rio de janeiro. fale mal dos preconceituosos. tenha um problema grande de cabeça, seja sentimental ao ponto de ter tanta vergonha disso e banque o cafajeste. me pegue de jeito, me chama na xinxa. não me ligue no dia seguinte. escreva uma carta, pode ser um e mail. goste de aldir blanc, diga-me que estou linda. fale-me mais e mais de você, depois presenteie meus lábios, deixe-me maluca. e por fim, se esse for seu caso, avise minha mãe, a data de nosso casamento.