Sunday, October 25, 2009

zumbido

Um homem devoraria um frango, aos grunhidinhos e mãos gordurentas se entrelaçando entre a delícia de se gulosar e o poder da fome no meio de um bar, desses que surgem mesmo que sempre ali, no fundo da noite, beirando a fantasmas que encontramos sempre que sim.
Isso é amor.
Chupando os ossinhos de um galeto, entrelaçando felicidade e a mesmice que é se orientar pelo cotidiano.
Isso é amor.
Pratos sujos mãos também.
Uma mulher com seu vestido lilás muitas outras coisas que se abririam ao olhar no fundo dos olhos de quem vê.
E o fundo era um lago cheio de infinitudes e buracos de tristeza e momentos completos de alegria, como a gente hoje à noite, mergulhando no mar, ficando muitos minutos, cada um com seu pensamento.
Como eu que fui a última a sair e vi muitas estrelas e até uma cadente, que o desejo foi pela minha mãe.
Mesmo sabendo que no fundo a saúde dela depende de mim.
Quando eu virar gente, ela se cura.
Quando eu virar gente, parte do mundo andará.
E eu
não terei mais meus sérios problemas doentes mentais, de quem dá valor a coisas que jamais mudariam um piscar de meus olhos.


(Isso tudo é mentira, Carlos, mudaria sim.
Claro que mudaria.
Então seja bem-vindo ao meu mundo de colapsos.
D'eu procurando a solução daquele meu primeiro caso que fudeu todas minhas serotoninas viciadas em problemas.)



Eu não amo o indivíduo, eu descobri que não amo o indivíduo, eu amo a causa. Estou lampejando.

1 comment:

Lia Kayano Morais said...

Que lindo... Queria te encontrar por aí...