Tuesday, November 24, 2009

Oi pra você.
Faz tempo que não nos falamos, não? Você é todo mundo. Acabei, ora pois, de voltar da Lapa. Queria ter ido a outros lugares, mas como o início nunca nos pertence, fui a um lugar já meu.
Te vi outro dia, você esta igual. Lembrei de quando me contou de como tinha beleza meu jeito de expressar meus defeitos e depois, você percebeu, que isso também podia ser dolorido. Estou aqui para lhe contar. Isso não me dói. O que eu revelo, realmente, não machuca. O que eu guardo, nem sei tocar.
Você continua o mesmo. O mesmo inseguro de sempre. O mesmo que não sabe lidar. Isso, de fato me irritou um pouco e machucou um pouco também.
Minhas costas doem, esta fazendo um calor do caralho por aqui, e eu, tenho preguiça de ir a praia, de pensar na vida, porque me sacrifico por amor. O amor, você me conhece bem, toma todo meu tempo. Esses dias, andei amando. Nada sério, mas coisa muito fina. Da até pra pensar em futuro. E eu sempre penso nele. O futuro me acorda todos os dias, mesmo quando eu e meu travesseiro queremos ignorá-lo, inutilmente. Você entenderia.
Te vi outro dia, besta, calado, sem condições de me encarar. Aquele lance de olhos nos olhos, você usava óculos escuros e eu esperei anoitecer para lhe enfrentar. Fui capaz. Sempre sou nesses momentos. Alguns pequenos detalhes de nossa riqueza, ia embora junto ao mar. Eu comemorei, não me culpe. Algo que já foi embora de nós dois. Quem saberia? Não sou tudo, você já não é mais também. Pulei o muro, juro, você ficou? Ainda não vi.
Outro dia mesmo, estava um sol de pelar, um calor daqueles que podemos chamar de todos nós. Eu ainda te via. Você sempre será importante, ta certo? Mas não pergunte o que o mar levou. Só ele sabe. Foi agorinha que eu te vi. Você ficou. Estava num tom que jamais acertaria a nota. Tentei dançar. Jamais acharia o ritmo. O ritmo de nós dois, esquecidos num salão vazio, que se abria a cada passo errado nosso. Podia te desamar, não foi necessário. Você fechou um ciclo incrível, que jamais se sustentaria sem mim, é verdade. Adoro brincar com sua deslealdade, ela não me fere, acho que estou crescendo. Queria lhe mostrar, lhe contar como ando feliz. Te lambuzar de boas notícias, de minhas concretas dúvidas bacanas, você não resistiria. Outro dia que eu lhe vi, m senti excluída, normal também. Sempre fui muito doida, insegura, até desequilibrada. Não é novidade alguma.
A musica me absorve, me anestesia. Os filmes que falam de mim, não me deixam sozinha. A noite me abraça, mesmo sendo tarde, tem sempre um cantinho onde eu posso me aconchegar. ela sabe. Sei também. Você desliza e vai embora. Eu não tento seu resgate e fico com vontade de abraçar um homem que não sabe onde esta. Disse a ele outro dia; aqui é meu coração. Sei que não é muito confortável, apertado até, mas é isso que posso lhe oferecer. Queria mostrar todos os meus jeitos, meus lados, minhas vertentes. Mas ele ainda esta na dúvida, se lá é um bom lugar. Tem dias, que eu sei, é la que ele quer ficar, bem tranqüilo. Até achar que foi um bom negócio. E tem dias que a liberdade e todos os outros questionamentos, gritam com ele. Ele foge me abrindo oportunidades, como quem sai de meu peito deixando a porta aberta, chamando atenção. Outros entram,e eu me certifico. Tudo pode dar certo.

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