Monday, November 09, 2009

o amor do homem veneno

eu vou aqui contar uma historia de como eu amei o homem veneno:
primeiro de tudo, é de sumária importância a todos que me lêem, que este homem, ainda esta presente em minha vida sempre em sonhos, o que me leva a pensar, meus caros, que este sujeito é mais real do que possamos suspeitar-dentro de mim-.
tudo começou a nove anos atrás. quando eu era uma garotinha conhecendo o mundão que sempre me fora contato com as janelas fechadas, naquele tempo em que minha geração achava o máximo ter pais que lutaram na ditadura militar. eram bons tempos e um breve começo de nossa determinação política que mais tarde iria embora junto com um vômito de alguém que bebeu demais. época ainda,em que a esquerda ainda era uma senhora oposição. enfim, foi neste meio termo que conheci o homem veneno. ele era exatamente marcante; roupas peculiares, apelido peculiar, traços também. era um homem lindo que eu observara quando saia para fumar maconha escondido em uma antiga petshop que ficava fechada a noite e era pertinho e escondidinho dos olhares cegos de qualquer transeunte, polícia e afins. neste dia, uma grande amiga tinha tomado um ácido que a pos em uma viagem da qual o mundo, era de sapatos. como tudo do homem veneno, era bem peculiar, seus sapatos não deixavam por menos. como tudo que é diferente no mundo, mesmo sendo ele, de sapatos, chama a atenção. o homem veneno também ficou curioso ao ver minha amiga alucinando com seus sapatos e logo veio a mim, curioso, perguntar o que ela tinha tomado. respondi que era uma bicicletinha. ele me perguntou se eu tinha tomado também. respondi que não e ascendi um baseado. ele me pediu uma bola, duas, três e risadinhas que marcavam nossos próximos encontros todas as sextas e sábados naquele mesmo lugar.
o que veio depois, além de muitas gramas de maconha e alguns litros de catuaba, pois foram meses, desta mesma fórmula, foi uma carona.

foi assim:
o homem veneno, ao me deixar em casa, me deu um beijo e uma mordida tão forte na minha boca, que quando eu entrei em casa fui direto ao meu quarto com os lábios doloridos e fiquei curtindo a dor, pondo os dedos sobre eles. foi pelo meu rosto que o homem veneno, do qual eu não amo e nunca vou deixar de amar, entrou.

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