Sunday, April 23, 2006


-Depois-

Foi uma invasão de amarelo. e de outros tons de vermelho também. Me veio à cabeça nunca mais ver aquela cena de novo, então resolvi apertar bem os olhos já que muita coisa eu não consigo ver.
Foram seguidos minutos de alegria com aquela vontade que as vezes eu sinto -que só eu sinto- de vida. Os momentos foram os antepassos de nossa salvação. Aquela magia contava coisas raras de se ouvir e eu via as cores se misturando num compasso em torno do seu abraço. As coisas mais leves nunca mais iriam voltar a doer, de fato. As coisas pesadas ainda doiam no coração da mulher, que ainda era moça, ou mesmo, menina. De noite batia quase tudo de volta; as fantásticas formas e todo mundo apreciava e falava demais a respeito de nós. Eles cresceram na cidade de asfalto. Será que eu iria te odiar se te conhecesse antes de tudo? Acho que sim rapaz. Então foi tudo na hora certa,mesmo porque nós nunca iriamos desrespeitar o destino.

Passou muito tempo ate que se soube:

Eu não quero lembrar das coisas feia e dolorosas, das doenças,
da doença que te matou ; no pátio daquele lugar horroroso eu não tive saída, e fiz de tudo pra que não acreditar que eu viveria de fato esta tragédia. Foi fácil fechar os olhos.Os olhos não nasceram para ver isso, não os meus.
O incrível é que esta dor ninguém pode tocar.
O dia seguiu amanhecendo e na cidade de asfalto quem pode parar para nossa dor passar? Nós ficamos sugestionáveis as cores que viamos depois daquele dia.



Daqui foi e vai ser:

(Mas quem sabe, tudo correu no seu devido tempo; eu não esperava um futuro pra você. E as vezes eu me calo diante de tudo pensando se as pessoas esperam um futuro de mim.
Eu espero realmente que sim, pois ninguém pode dar uma idéia pro destino que possa me tirar do cenário das cores mais lindas que eu já vi.)

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