Thursday, November 27, 2008


(Me desculpe e obrigada)

Desatinei na oitava nuvem do céu lilás de um dia subis calmo cintilante. Quando as borboletas laceravam entre estar vivas e se preparar para a morte. Sonhei alto, fingindo ser azul. Sonhei calmo, pois queria ser humana.
Sonhei com você dia desses. Volta e meia nos meus sonhos, somos juntos. Acordei querendo uma realidade tediosa que não me pegasse de surpresa para acasos loucos, daqueles que tanto me viciam. Você aceitou brincar de aliança logo no primeiro dia sem mesmo saber dos meus gostos. Eu não falava sua língua, mas nossas necessidades perdidas fizeram um acordo. Não foi paixão? Como saber? Abraços quietinhos e iluminações pós-coito, pós-conversas longas onde você sem duvida falava mais. Enquanto eu observava sua vida vivida em mil dias, mil horas. Um conto de fada, como você aceita a batalha da labuta, como brinca de ritmo, como adora viver.
Eu, do outro lado do mundo, me esforçando para achar tudo uma gracinha, me empenho de graça em achar vida nas pessoas dispostas. Alguém com olhos de vidro, com força de bomba, como se a realidade jamais pudesse alterar seu humor.
Enquanto eu rolava na cama com o tédio doentio que peguei desta classe média sem remédio. Nos colamos, encantados. Atrás de sonhos que jamais contaremos um ao outro: eu tenho um sonho. – Me conte. Não conto.Não sei contar.

1 comment:

Anonymous said...

Parei no "pós-coito".