Wednesday, July 30, 2008

É totêmico, já diria a Lu.
A gente tetra, depois penta, concluimos nós outro dia em pleno samba frio regados a Seletas e cervejas de latinha. Tinha uma senhora da velha guarda que olhou pra gente e disse; eu era assim! E a gente se olhou, achamos graça e falamos; que bom! Vamos então ficar igual a senhora!
E tinha uns amigos do Rio.
Daí a Julinha ficou rodopiando com o presidente.
E o Pedro ficou inventando palavras novas.
A Mari de luto tomava sua Absolut. Em silêncio.
E eu, bem eu ficava procurando alguém que nunca vai chegar. Assim mesmo, sem poesia.

Depois fiquei com o Paulinho da viola na cabeça:


Mais não se pode dizer
Nem eu, nem ninguém
Você é quem deve colher
Depois de semear também
Você é quem pode rasgar o caminho
E fechar a ferida
E achar o seu justo momento
A razão de tudo aquilo que chamamos vida

Vamos lá, deixa o coração
Recolher os pedaços do sonho perdido
Essa é a lei nos caminhos
Onde a ilusão e a dor
Fazem parte do primeiro artigo
Traços comuns em nossas vidas
Não justificam um conselho sequer
E logo eu, que procuro
Infinitas formas de amar e viver
Posso apenas declarar que o medo
É que faz a nossa dor crescer


Poeta desgraçado fodeu minha cabeça, nem pagou indenização.
Mas vai pagar o enterro, porque aqui estou eu, morrendo de amores.
De poesia. Esperando a sublime primavera...vai chegar.

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