Monday, September 15, 2008

Uma pedra gesticulou no tempo, com o vento que bateu aquela tarde. Meu vestido rodopiou a cidade poeira a sua espera. E era eu, a menina senhora de rosa no cabelo, fazendo sentido aos seus sussurros delicados de meia voz.
Uma ponte veneno, velharia sagrada de nós dois. Quem ali, meu bem, deu tanta importância aquele lugar?
Os olhos fecharam para se transformar. Piscando em pequenas aleluias que vinham brincar na luz. Os aconchegos, as brincadeiras de meninos com figurinhas no chão e sujeira no joelho eram toda minha felicidade se revirando com mãozinhas abafadas em cima das figurinhas. Quem hoje brincaria assim?
Você veio como um lindo dia, igual aquele que se abriu sábado.
E de agora em diante vou dar adeus a todos os escritos sofridos e confusos de uma mente abandonada.
Não há, meu caro, e me desculpe se assim te decepciono, nenhuma vontade de colocar os prantos em dia.
Meu coração pulula, é só alegria.
E é aí, que poemas me bastam. E é aí que a filosofia perde o sentido.
Então vamos descobrir juntos as mazelas do mundo, sorrindo.

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