Friday, August 24, 2007



Ela chegou com dois anos em casa. Abrimos a porta correndo e vimos uma esguia Waimaraner subir a rua, sem entender nada. Entrou em casa e para desespero de minha mãe, subiu no sofa, como se aquela casa já fosse dela há alguns anos. Morria de medo de vassoura, tinha outro nome que não era Lara. Era a waimaraner mais vira-lata de todas, ao mesmo tempo que era a Waimaraner mais carinhosa do mundo, e , com todo mundo. Encostava a cabeça no colo de qualquer pessoa e pedia um carinho silêncioso e sereno. Certa vez, nos deu lindos filhotinhos e foi uma mãe exemplar com a cria de capa de revista. Todas as "certas vezes" Lara representou. Nunca conheci uma cachorra que não era de latir, a Larinha latia muito raramente, não reclamava de nada, e teve um passado que a gente nunca vai saber como foi, já que chegou na minha casa com dois anos de vida. Nunca entendemos o porque de uma cachorra tão da família, tão nossa, chegar em nossas mãos, depois de morar, e não se habituar, em duas outras casas, vir parar em nosso quintal. Ela nasceu pAra ser nossa, e olha que eu não entendo dessaS coisaS de destino, mas sei que foram sete anos ao lado de uma fêmea, uma companheira, uma legítima figura de cão.
Saudades Lupi, minha eterna princesinha.




*Eles estão por fora do que eu sinto por você...

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