Saturday, April 21, 2007

eu


Dentro do carro sobre o trevo a cem por hora, ó meu amor

Só tens agora os carinhos do motor

E no escritório em que eu trabalho

e fico rico quanto mais eu multiplico

diminui o meu amor

Em cada luz de mercúrio

vejo a luz do ter olharpassa as praças, viadutos

Tu nem te lembras de voltar

De voltar, de voltar

No corcovado quem abre os braços sou eu

Copacabana, essa semana o mar sou eu.

E as borboletas do que fui pousam demais

por entre as flores do asfalto em que tu vais

E as paralelas dos pneus na água das ruas

são tuas estradas nuas em que foges do que é teu

No apartamento oitavo andar, abro a vidraçae grito quando o carro passa-

Teu infinito sou eu! Sou eu, sou eu, sou eu.

No corcovado quem abre os braços sou eu

Copacabana, essa semana o mar sou eu.

E as borboletas do que fui pousam demais

por entre as flores do asfalto em que tu vais

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