Thursday, March 23, 2006

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O meio e a multidão

Era estranho observar a gente vivendo enquanto as casas alagadas bóiam em plena chuva de verão. Este calor todo no fim da tarde pra eles que rezam tanto, não é fácil. O luar que sempre esteve lá em cima, depois da janela que se abre aos pouco, estava nas suas mãos.Os trejeitos específicos daquele vestido dando forma naquela mulher.O braço forte (de perto se via) as aflitivas condições de nós, não por escolha, mas por nascença, poetas. Estreamos ainda dia, com aquele sol de dar praia. Mas era outono. Ficou triste ao pensar que a solução do viver não será. Mas sempre manteve as angústias do louco pensar. Formas avessas Del mundinho nada... pensou nisso. O crime,o ato, tudo na pura resistência de cinema. Como se vivesse no cenário dos estereótipos, que cabia tudo dentro do salão da festa do viver.Olhava fundo nos olhos do amado e pensava; “isso pra mim já demais” depois, ensaiava um sorriso e seguia implicando com a tristeza.Implicar levava a tudo, mas também afastava as pessoas. E as pessoas não se afastam a toa, pelo menos isso que diziam pra ela.

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