Tuesday, April 29, 2008


Eu mal enxergo e isso de fato fez com que minha audição fosse afetada. Os ensinamentos de um pequeno colégio da esquerda burguesa pioraram mais ainda minhas perspectivas. Então, algo muito natural aconteceu, eu tive um surto modificador de pensamentos. Todos se assustaram e eu fui medicada. Depois fiquei com muita dúvida e saudades, então mudei de cidade. Hoje, ouço trinta vezes por dia Paulo César Pinheiro e Raphael Rabello. E o dia que eu achar a trufa de chocolate perfeita, minhas andanças terão sérias mudanças de rumo.

Minha mãe se culpa por ter me criado com bases construtivas e libertárias. Mas damos tantas risadas juntas, que a vida se torna mais engraçada do que chata e/ou triste. Sempre vamos a locadora e eu me embrenho em comédias inteligentes ou filmes cabeças, enquanto minha mãe aluga um filme idiota de ação. O que certamente mostra o quão mais inteligente ela é. Pois já não acredita mais no cinema, nem na educação libertária. E eu acho isso muito justo e por isso também, rimos pra caralho.

As pessoas sempre dão risadinhas dos meus modos. E eu queria ter unhas bem grandes para assusta-las como se fosse um monstro do lago. Mas eu rouo minhas unhas, desde de os sete anos de idade, e gosto muito. Primeiro eu as trituro com meu dente da frente, depois as engulo. Sempre me falaram que elas não são digeridas e eu ainda estou aqui.
Observo como as pessoas olham as diferenças e enfraqueço cada vez que um olhar me incrimina sem que eu possa ter feito nada a respeito de qualquer fato. Enfraquecida, volto ao espelho e me pergunto por que tanta gente por aí faz a loca. Se para mim, seria tão mais fácil apenas, ser.

Mas por tudo que passei e tudo que ainda preciso conquistar, é mais que um olhar de permissão das cabeças cozidas que andam todos os dias em busca de um plano de saúde mais completo. E minha mãe acha isso um absurdo. No final, eu sei que ela ainda esta certa. Eu só estou mesmo, com tudo isso, retardando o dia de colocar um óculos que me faça enxergar as coisas, como elas realmente são.

Wednesday, April 16, 2008

Nada me fará sofrer
Pois trago junto ao coração
O bojo do meu violão cantando
Nada me dá mais prazer
Nem mesmo uma grande paixão
Que o som das sete cordas do meu violão tocando
E eu me vejo a obedecer
Eu nem sei bem porque
E sinto uma transformação
E os acordes nascem sem querer
Sem querer desponta uma canção
E eu sinto o coração nos dedos
Passeando em calma
Afugentando os medos
Que residem n'alma
E deixo me envolver
Pelo braço do meu violão
E o peito meu, fibra por fibra
Apaixonado vibra
Com prima e bordão
E é aí
Que eu sinto a mão de Deus
Na minha mão
Eu me ponho a dedilhar
Com emoção e fervor
As velhas melodias
Cheias de harmonias novas
E nesse instante então
Eu sou um sonhador
Acompanhante das canções de amor
Chego a cantar sem perceber
Alguns versos e trovas
E aí começo a ver que eu nunca fui sozinho
Meu violão me acompanhou por todo o meu caminho
E isso eu quero agradecer
Fazendo uma canção, falando de você
Amigo violão
Que comigo estará
Até eu morrer
Nada me fará sofrer
Pois trago junto ao coração
O bojo do meu violão cantando
Nada me dá mais prazer
Nem mesmo uma grande paixão
Que o som das sete cordas do meu violão tocando
E eu que vivo a obedecer
Eu nem sei bem porque
E sinto uma transformação
E os acordes nascem sem querer
Sem querer desponta uma canção
E eu sinto o coração nos dedos
Passeando em calma
Afugentando os medos
Que residem n'alma
E deixo me envolver pelo braço do meu violão
E o peito meu, fibra por fibra
Apaixonado vibra
Com prima e bordão
E é aí
Que eu sinto a mão de Deus
Na minha mão