De todas as sentenças malignas que gritam e choram meu estande cria e eu estou na sua frente.Nasci pra escrever.
Apenas agora reparei no calor que faz lá fora, como num dia de calor-churrasco, cerveja e blá-blá. Um dia me contaram que eu era friorenta, eu suei em bicas para dormir de edredom e tenho muito medo do julgamento de mil e quinhentas personas que não sabem de mim.Mas meus medos são também vários, então fico tranqüila.Mesmo assim, sai correndo por que eu sempre saio e é natural meu coração palpitar, para eu chegar em casa achando que o mundo pode entrar em guerra, mas estando aqui, estou salva.
Falaram que eu tinha que salvar o mundo.
Falaram que a esquerda era a solução
Falaram que eu não faço nada
Falaram que sua atitude não cai muito bem agora
Me pedem pra ser realista e não gostar de certos gêneros.Pra ser forte, pra me adaptar, pra não ser artista.
Mas eu sofro e choro e entro num labirinto de paranóia que só tem cura com remédios
Eu adoro remédio.
O meu preferido se chama dorflex. Uma droga e tanto para nossa dor de cada dia.
Bebeu muito? Dorflex. Enxaqueca? Dorflex. Dor na alma? Dorflex
Dorflex para a vida
Para eu te entender, mundinho plof
Dorflex neles. E mais seu bando de assassinos
No meu som, dorflex é tudo de bom.
Falaram levanta da cama, chega de procrastinar!
Então eu levantei, fui ate a gaveta, tomei um dorflex e voltei a dormir.
Minha inércia permanente.
Dúvidas, oscilações.
E esse medo que eu tenho de surtar a valer.
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