O temperamento do olhar
Fomos podres.Nos perdemos na intensa melodia, aquela que nos avisaram.Nos perdemos em meio a travesseiros emprestados e ursos de pelúcia, o prelúdio do nosso amor.Eu me perdi, essa impulsividade não me deixa em paz.Você se perdeu, onde estarão as rédias que seguravas tão firme? Puro amor, admiração.Surgia alguém que segurava minhas rédias, alguém, uma satisfação.Um amor como nunca sentido.Mas se perdeu, e ele me odeia por eu ter destruído o sentimento mais bonito que um dia ele sentiu. Quem destruiu? Quem destruiu? Eu não posso ser a culpada disso.Eu não devo ser esse furação monstruoso.Você esta inseguro.Inseguro é a palavra.Você é um menino frágil, chorão. Cavando um longo buraco para entender a situação que se criou. Se criou. Se afundando nas coisas que não dão mais satisfação, só problemas, infinitas causas de duas pessoas ousadas juntas.Quem fomos? O que fomos? Fomos podres, pois queríamos matar um ao outro, fomos podres da pior maneira possível.Fomos maus, fomos péssimos. Como se uma estaca prendesse a hora em que você enfiaria todo seu ódio no meu coração.Foi meu desespero, foi sua agressão. Foram todas as coisas que mataria alguém de ódio, de rancor.Aonde queríamos chegar.Eu não sei onde queríamos chegar, mas o fato é que chegamos num escuro submundo de acusações estranhas.Nossa putaquipariu. Era mesmo o louco amor, era mesmo de verdade o que sentíamos? Como se perdeu em meio a tantos sorrisos e carolinas, naquele sofá de couro que não podia cair água.No sol que invadia seu quarto sem cortinas. Se perdeu dentro do carro mudando o som do radio, dentro da televisão que mal pegava.Nos conflitos ,das meninas, das alunas, da internet.Dessas coisas que no fundo agente sabe. Sabe que isso não é nada. Só que a gente não sabia era de nada.A gente não sabia que sua censura era podre, que meu ciúme era cruel, pois não confiar a pessoa que me entreguei é muito cruel.Os bons momentos hoje se perguntam o que aconteceu com a gente. Minha memória me pergunta.Mas achar esse amor, nossa que medo.Achar o amor entre essas ruínas é impossível.Impossível dor sentido nos entre passos que essa vida nossa deu.Não acredito que um dia te encontrei.Duas vidas cruzadas, duas horas nunca marcadas.E um destino cruel cheio de coisas horrorosas que somos capazes de fazer.Pra isso? Pra isso veio um amor?
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