Saturday, February 04, 2006


Dentro da nave dos ventos:
O que me leva a supor coisas insignificantes ao ver meu lutador preferido dar o fatal golpe. Me tiraria horas de sono e pulsações a mais em meu coraçãozinho inhécoso,geloso, chorável. Eu quis ser a mais valente, a dona da festa, eu quis descer a serra na tentativa de cativar meus mistérios, erros, acertos e incompreensão. Um passo, um abraço e lá se vão meus dias de luta.

Agora...Entrando em transe:
Vamos supor que meu coração acelere, entrando em desespero profundo e nisso minha cabeça não pode parar de mexer. Os dedos, minhas mãos, sempre elas, livres para guiar e dar forma a linguajem, louca livre linguajem que eu me permito. Eu deveria estar dormindo, eu deveria estar sonhando zelando no sono, mas perco o sono pra sonhar acordada, então tomo uns tabefes da vida lascada diária e sucinta que me vem.
E tudo me vem...
Apesar da voz rouca e dos olhos molhados ao ouvir aquele samba cantar, entendi uma vez na vida que Ferreira Gullar dizia; “Sua voz, quando canta, lembra um pássaro. Mas não um pássaro cantando, lembra o pássaro voando” e eu me senti assim, livre por ouvir tais melodias, então acordo diante de tudo que me passa pela cabeça, na confusão que me faz ser a menina sem vírgulas, uma vida sem pontuação.
Para sempre partir...
Por tanto, é sempre longo meu adeus, então eu não suportaria viver longe de você, mas desculpe, o romantismo tem sido fajuto quando se vive a realidade de cimento. Eu prefiro olhar e saber de mais um dia de sol, de mais um dia laranja, da minha eterna saudade.Eu sinto, não vá embora. Fiquei pra podermos rir de nós mesmos, somos assim e ponto final.
Enquanto espero, fechando os olhos...
Na angustia das coisas mais belas eu me acho no meu chavão favorito, estou perdida nas ruas de são Paulo a procura de um lugar onde estão todos, mas, cadê vocês? Procure, anteriormente tento entender e investigar tudo o que me cerca, nada me prende, tudo me interessa, nada me prende. Você me prende. Acho que vem de família; nascemos uma contradição amarga, e eu sempre coloco minha cara pra bater.
Um dia, uma vez só. E aqui estou eu de novo no meu transe, com a testa enrugada e olhos de dor, fazendo as pernas balançarem constantemente, essa ansiedade...Da onde vem?

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